Em casos de derrames oculares, as consequências são sempre bastante danosas para o corpo. Muitos mitos são propagados na internet quanto a suas causas, o que preocupa muita gente. Por isso, confira agora as possíveis e reais causas desses derrames.
Por que os derrames oculares acontecem?
Primeiramente, é importante saber distinguir que há uma diferença entre derrame ocular e derrame subconjuntival. Sendo que o ocular é muito mais perigoso e danoso.
O derrame subconjuntival é facilmente visto, pois trata-se de sangramentos intensos no olho. Porém, ele não apresenta riscos, pois o sangue é reabsorvido. Mesmo assim, é importante consultar um oftalmologista nesses casos.
Se você perguntar a uma pessoa comum na rua, ela dirá que é por conta da sobrecarga do coração. Ela não está totalmente errada, porém, o fator que faz com que derrames oculares aconteçam é muito mais complexo do que isso.
O grande fator causador é a sobrecarga atrial esquerda, que é uma cavidade do coração que recebe o sangue arterial. Por isso, quando esse átrio está sobrecarregado, aumentam-se as chances de que os vasos sanguíneos não suportem o fluxo de sangue.
Além desse fator principal, há micro fatores de grande importância que necessitam ser identificados como causadores.
1. Retinopatia diabética
Essa é uma doença que atinge os pequenos vasos sanguíneos presentes na retina. Em estágios mais avançados, ela cria novos vasos na retina, chamados de neovasos.
Esses neovasos são mais frágeis e podem romper mais facilmente. Assim, aumenta-se a chance de esse grupo de pessoas ter um derrame ocular, seguido de perda de visão.
2. Trauma ocular
O trauma ocular consiste em acidentes que envolvam essa região tão sensível, como queimaduras, perfurações e pancadas. Em alguns casos de trauma ocular, pode ocorrer derrame, devido ao fato de o vaso não ter suportado o choque e ter rompido.
3. Erro cirúrgico em casos de glaucoma
Se o médico responsável pela cirurgia do glaucoma errar o procedimento de ajuste do nervo óptico, ele pode atingir pequenos vasos na retina. Afinal, o nervo ótico possui ligação com essa região.
Então, ao atingir esses vasos, o médico irá gerar um derrame no paciente. Porém, graças aos avanços da oftalmologia, as chances de esse erro acontecer são mínimas.
4. Espirros ou tosses
Pode parecer loucura, mas um espirro ou tosse pode gerar o rompimento de algum vaso no olho. Portanto, a pressão localizada exercida por esses atos pode gerar casos de derrames oculares.
Porém, vale ressaltar que essa é uma das causas mais raras desse tipo de derrame. Portanto, não se preocupe toda vez que for espirrar ou tossir, pois as chances são mínimas.
5. Anticoagulantes
Os anticoagulantes são medicamentos que acabam tornando o sangue mais fino. Muito cuidado ao utilizá-los, pois eles alteram a densidade natural do sangue, o que interfere no fluxo sanguíneo.
Assim, ele pode gerar sobrecarga nos vasos, inclusive nos vasos da retina. Essa sobrecarga faz com que haja o potencial de o vaso romper e acontecer um derrame ocular.
6. Esforço para evacuar
Quando você ingere alimentos ruins e pouca fibra, as suas fezes não serão evacuadas facilmente. Em alguns casos, a pessoa pode fazer tanta força com o corpo para a evacuação que pode romper um dos vasos de algum olho e gerar um derrame.
7. Congestão venosa
Há a diminuição da retirada do sangue venoso e o aumento de entrada de sangue arterial. Isso promove uma sobrecarga no átrio esquerdo que se irradia, chegando ao olho e podendo romper um dos vasos localizados na retina. Ao romper um desses vasos, ocorre o derrame ocular.
Sintomas
As hemorragias provenientes do derrame ocular não podem ser identificadas a olho nu. Portanto, o derrame ocular só pode ser diagnosticado com equipamentos e é um problema que aparece de modo silencioso e devastador.
Os sintomas podem variar conforme as causas, pois para alguém que possui retinopatia diabética, o derrame pode gerar visão dupla, perda da visão periférica e flashes flutuantes.
Já no caso de um portador de glaucoma, pode se manifestar por meio de sintomas lentos, afetando a visão periférica.
O melhor modo de identificar e evitar o glaucoma é a realização de consultas periódicas ao oftalmologista. Assim, você evitará surpresas desagradáveis quanto aos derrames oculares.
O que fazer em caso de derrame ocular?
É fundamental que se consulte um oftalmologista para o tratamento. Se o derrame for subconjuntival, você pode tratar com compressas de água fria no olho afetado e o uso de colírios específicos para a diminuição do incômodo.
Porém, em casos de derrames oculares, está em jogo a perda de visão. Por isso, não se pode tentar cuidar desse problema sem acompanhamento médico, pois ele é bem mais grave que o derrame subconjuntival.