Existem tantas informações diferentes, muitos tabus e, às vezes, pouco conhecimento sobre o próprio corpo que impedem mulheres de perceberem quando algo não vai bem lá embaixo. Podem ser mudanças singelas, pequenas e que não causam grandes alardes, mas que ajudam a diagnosticar o que estiver errado. Procure aquele espelhinho de bolsa, dê uma olhada e fique de olho nesses alertas:
1. Odores
Estranho seria se não tivesse cheiro nenhum na região! O que, normalmente acontece, é que infecções e hábitos de má higiene podem alterar o odor característico. Como explica a ginecologista e obstetra Maria Elisa Noriler, o que você deve sentir é um cheiro que se aproxima de algo “mais ácido”, que é o pH normal da vagina.
“Quando há uma infecção, o pH acaba ficando mais básico e resulta em um odor diferente, comumente chamado de cheiro de ‘peixe’ ou de proteína”, afirma. Após o sexo e no período menstrual por exemplo, o aroma pode variar, mas não ser forte demais e constante. Se isso acontecer, saiba que é um sinal para marcar uma consulta com o especialista.
2. Secreção (corrimento)
Mais do que normal, o famoso corrimento é um bom parâmetro para saber quando algo vai bem (ou não). De aspecto transparente ou claro, mais líquido e apenas com o odor característico de saudável, ele é importante para garantir que a sua flora vaginal está ótima.
Quando aparecer mais espesso, mal cheiroso, de tom amarelado ou esverdeado e até acompanhado de coceiras e ardências, fique atenta
3. Dor na relação sexual
Uma transa mais intensa e até mesmo com pouca lubrificação pode causar uma dor no local um ou dois dias depois, mas se ocorrer em todas as relações, melhor ir atrás da causa desse incômodo.
A clamídia é uma doença sexualmente transmissível que age silenciosamente no corpo da mulher. “A secreção dessa doença é discreta, mais clara e sem odor. O inchaço que ela causa nos órgãos é o que pode levar à dor. É a chamada a dispareunia de profundidade, quando a mulher sente dor mais no fundo do canal do que no início”, explica a ginecologista.
O fato de ter um corrimento alterado e a coceira também podem causar pequenas lesões no tecido, levando a um desconforto na hora do sexo. Eliminadas as possibilidades de doenças, o vaginismo também é um problema comum e que tem tratamento, por isso deve ser analisado pela(o) médica(o).
4. “Bolinhas”
Se em algum momento você perceber que há um inchaço diferente na região, saiba que a maioria dessas “bolinhas” é uma foliculite – ou seja, é um pelo encravado. A médica indica procurar o especialista que pode até receitar um anti-inflamatório para passar na região.
Outra razão menos comum para essa bola aparecer é a inflamação das glândulas de Bartholin. “Por ser a responsável pela secreção da lubrificação vaginal, ela pode ficar ‘entupida’ e não secretá-la, causando o processo inflamatório. Pode ser por atrito na relação sexual ou até mesmo por conta de uma bactéria contraída tanto na relação quanto do trato intestinal”, ensina a médica. Dificilmente a inflamação da glândula passará despercebida: ela fica bem dolorida!
5. Dor pélvica
Além da dor durante o sexo, se você sentir dores na região pélvica – que fica bem na região abaixo do abdômen – também pode indicar algum problema. “Quando ela começa a sentir dor pélvica, sem cheiro, com coceira, é bom ficar atenta e procurar um profissional. Não deixe para procurar um médico em estágio muito avançada”, alerta a ginecologista e obstetra.
– Fique longe de fast-food
Cuidado!
Não só fast-food, mas açúcar, carboidratos e refrigerantes podem causar infecções.
Procure alimentos saudáveis e nutritivos.
Para combater infecções fúngicas, você pode consumir iogurte, kefir e suco de cranberry.
– Tenha relações seguras
Muitas doenças são resultado de relações sexuais não protegidas.
Algumas, infelizmente, são incuráveis.
Por isso, todo cuidado é pouco.
Este é um blog de notícias sobre tratamentos caseiros. Ele não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.
Texto: MdeMulher