Quem se lembra da recente polêmica envolvendo o óleo de coco, considerado há muitos anos o queridinho dos nutricionistas e aliado da saúde e da boa forma?
Essas frases foram ditas por Karin Michels, professora da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard (Estados Unidos) e diretora do Instituto de Prevenção e Epidemiologia de Tumores da Universidade de Friburgo (Alemanha).
Mas parece que a afirmação de Karin não é muito confiável, não.
Segundo o doutor Aseem Malhotra, renomado cardiologista britânico, autor de vários livros e defensor das gorduras saturadas e fundador do grupo de campanha Action on Sugar, os comentários da professora são um desserviço à população e estão levando a prestigiada Universidade de Harvard a um descrédito.
“Depois de analisar a totalidade das evidências, posso dizer categoricamente que essa afirmação é totalmente falsa. Eu diria que é um absurdo não científico”, completa.
Ele argumenta que o corte de gordura saturada de dietas levou ao aumento do consumo de açúcar e carboidratos, que estão alimentando a obesidade.
Uma recente pesquisa realizada na Universidade de Cambridge investigou os efeitos do óleo de coco extra virgem nos níveis de colesterol.
O professor Kay-Tee Khaw e colegas compararam seus efeitos com o azeite de oliva em 94 participantes. Eles foram divididos em três grupos e todos os dias, durante quatro semanas, ingeriram 50g de óleo de coco, 50g de azeite (comprovadamente para baixar o colesterol LDL), ou 50g de manteiga.
O grupo que comeu manteiga viu seus níveis de colesterol LDL aumentarem em cerca de 10%. Mas esses aumentos não foram mostrados para os grupos do óleo de coco ou do azeite de oliva.
E o mais surpreendente foi o fato de que, enquanto a manteiga e o azeite de oliva aumentaram o colesterol HDL em 5%, o óleo de coco aumentou em impressionantes 15%.
O colesterol HDL é conhecido como bom colesterol.
Quanto mais alto ele for, menor o risco de doenças cardíacas.
As alegações do doutor Malhotra sobre o óleo de coco são apoiadas pelo colega cardiologista Luis Correia, da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública no Brasil.
O professor Correia, diretor do Centro de Medicina Baseada em Evidências da Bahiana, disse: “Achei o recente alvoroço sobre o óleo de coco totalmente incompreensível”.
Ele citou o mesmo estudo da Universidade de Cambridge e argumentou que não há evidências de alta qualidade sugerindo que a gordura saturada possa levar a doenças cardíacas.
E acrescentou: “Qual é a base para chamar o óleo de coco de veneno? Esta alegação não é baseada em evidências e deve ser completamente desconsiderada”.
https://www.youtube.com/watch?v=diKvt7uQji8
Este blog de notícias sobre tratamentos naturais não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.