“O gênio é 1% de inspiração e 99% de transpiração.”
A frase é de Thomas Edison, o inventor da lâmpada elétrica.
Ele tinha razão.
É por isso que, com grande alegria, publicamos esta matéria.
Afinal de contas, não é sempre que o mundo descobre um gênio de 15 anos.
Isso mesmo!
Jack Andraka tem 15 anos e, assim como o inventor estadunidense, que experimentou mais de 6.000 tipos de filamentos para prolongar a vida útil de uma lâmpada, o jovem persistiu na invenção de um teste para detectar câncer.
A ideia surgiu quando o rapaz perdeu um amigo, que era quase da família, para o câncer de pâncreas.
A dor fez Jack, de Crownsville, buscar uma forma de evitar que outras pessoas descubram o tumor tarde demais.
Isso é o que as grandes pessoas fazem: tornam-se proativas!
No país de Jack, Estados Unidos, o câncer de pâncreas é a quarta principal causa de morte por câncer, levando 34.000 vidas por ano.
Infelizmente, 85% das vítimas dessa doenças só conseguem detectar o problema tardiamente, e as chances de cura são muito baixas, algo em torno de 2%.
Então é basicamente isto: a pessoa descobre o câncer pancreático hoje, mas ele já está tão desenvolvido que o paciente só tem três meses de vida.
Talvez você pense que os sintomas possam ajudar a detectar, mas isso também não é possível.
Os sinais do corpo para esse tipo de problema são muito genéricos, como dor na barriga.
E, como o próprio Jack diz: “Quem não sente dor na barriga de vez em quando?”.
Os testes atualmente custam muito caro, um dos motivos que levam a invenção de Jack ser mesmo inovadora.
O teste do jovem gênio é:
– 168 vezes mais rápido que os mais usados
– 26.000 vezes mais barato
– 400 vezes mais sensível que o padrão atual de detecção
Se você está se perguntando “como ele fez isso?”, saiba que as principais informações que Jack precisou usar sempre estiveram acessíveis a todo mundo, graças à internet.
Ou seja, qualquer um poderia ter feito isso antes.
Mas, essas coisas deixamos para os gênios, não é mesmo?
Jack explica que os testes antigos giram em torno da busca por uma determinada proteína no sangue.
O problema é que há uma verdadeira abundância de proteínas na nossa corrente sanguínea.
Então, seria como encontrar uma agulha no palheiro.
Ou pior: seria como encontrar uma agulha específica dentro de uma caixa de agulhas muito parecidas – algo que beira ao impossível.
Uma busca demorada na internet por uma proteína, dentre 8 mil, Jack encontrou a mesotelina – na 4.000º tentativa.
Ele confessa que quase enlouqueceu.
Essa proteína é comum em nosso corpo.
No entanto, quando se tem câncer de pulmão, ovário ou pâncreas, ela aparece numa quantidade assustadoramente maior.
A boa notícia para o jovem cientista foi que essa proteína podia ser detectada no início da doença.
Assim, detectando bem cedo, as chances de tratamento eficaz são de 100%.
Agora o desafio de Jack era descobrir como identificar a proteína.
Foi aí que ele leu vários artigos, criou um método e percebeu que precisava de um laboratório para trabalhar.
Jack enviou uma solicitação para 200 universidades.
Apenas uma prometeu pensar no assunto, as demais recusaram na hora.
O cientista que prometeu pensar aceitou receber o menino enquanto buscava algum erro nesse novo método.
O jovem pesquisador pensou que tudo seria resolvido em três meses, mas a pesquisa durou sete meses – provando que a linha de raciocínio de Jack não era tão perfeita assim, continha vários erros.
Mas ele não desistiu!
Continuou na luta para corrigir todas as falhas, até que chegou ao sensor de papel que diagnostica os três tipos de câncer já mencionados: ovário, pulmão e pâncreas.
O teste custa cerca de 10 centavos (em real) e leva cinco minutos para dar a precisão de 100%.
Jack deixa grandes lições que aprendeu durante a jornada:
– Ideias devem ser compartilhadas
– Ninguém precisa ser doutor ou PhD para melhorar o mundo
– A internet pode ser a melhor ferramenta para nosso crescimento, se não desperdiçarmos tempo com futilidades como selfies e jogos.
Este blog de notícias sobre tratamentos naturais não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.