O câncer de mama atinge principalmente mulheres com mais de 50 anos.
Por causa disso, há muitas campanhas sendo divulgadas para a prevenção da doença.
Uma forma de diagnosticar o problema é através da mamografia.
Para quem desconhece, trata-se de um dispositivo usado para escanear os seios das mulheres e detectar os tumores.
O processo funciona comprimindo o tecido mamário entre duas placas de metal.
A criação desse dispositivo foi um avanço muito importante na época, afinal, conseguiu salvar muitas vidas.
O problema da mamografia é que, às vezes, ela confirma a presença da doença erroneamente.
Já imaginou?
A pessoa passa pela quimioterapia desnecessariamente.
Ou seja, tem células saudáveis do corpo totalmente danificadas.
Um estudo publicado no Cochrane Database of Systematic Reviews analisou mais de 600.000 mulheres com idade entre 29 e 74 anos que haviam realizado a mamografia.
E acredite: o exame fez mais mal do que bem.
Lógico que identificar a doença a tempo ajuda a salvar vidas.
Os autores do estudo observaram:
“Se assumirmos que as mamografias de rotina reduzem a mortalidade por câncer de mama em 15% após 13 anos de acompanhamento e que o falso diagnóstico e o tratamento excessivo são de 30%, isso significa que, para cada 2.000 mulheres submetidas a mamografias de rotina ao longo de dez anos, uma morte por câncer da mama será evitada e dez mulheres saudáveis, que não teriam recebido o diagnóstico se não tivessem feito mamografia, serão tratadas desnecessariamente. Além disso, mais de 200 mulheres experimentarão sofrimento psíquico importantes, incluindo ansiedade e incerteza por anos por causa de resultados falso-positivos”.
Outro estudo semelhante revelou resultados ainda mais chocantes.
Um artigo publicado no The New England Journal of Medicine revelou estatísticas terríveis sobre a mamografia.
A equipe de pesquisadores incluiu um especialista em ética médica, um epidemiologista clínico, um farmacologista, um cirurgião oncológico, um cientista, um advogado e um economista.
Eles descobriram que, em um período de dez anos, a cada 100 mulheres submetidas a uma mamografia, uma morte por câncer de mama foi evitada .
Mas por outro lado, de 670 mulheres que receberam inicialmente um diagnóstico positivo de câncer de mama, algo entre 70 e 100 delas foram encaminhados para novos exames, biópsias e até quimioterapia desnecessárias.
Estudos semelhantes do Canadá e da Noruega também descobriram que a mamografia não é melhor na detecção do câncer de mama do que um simples exame feito por um médico.
Podemos resumir este artigo com estas quatro verdades sobre a mamografia:
1. Ela não é tão benéfica
2. Os falsos positivos são comuns
3. É impossível evitar falsos negativos
4. Existem outras opções de detecção
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