O sambista Jorge Aragão, de 72 anos, foi diagnosticado com Linfoma não-Hodgkin. A notícia foi divulgada pela própria equipe do artista ainda na manhã deste sábado (15), por meio de um comunicado oficial em suas redes sociais. Além de informar sobre a doença, o comunicado também revela uma pausa na agenda para iniciar o tratamento o mais rápido possível.
“Em respeito aos amigos, contratantes e fãs, o cantor e compositor Jorge Aragão, através de sua assessoria de imprensa, torna público informar que após uma bateria de exames foi diagnosticado com um Linfoma não-Hodgkin. O artista iniciará imediatamente o seu tratamento e segue confiante, sob o cuidado da hematologista Caroline Rebello, e contando com o apoio, orações e energias positivas de todos para seguir tranquilo”, diz em um dos trechos.
O comunicado também avisa que o cantor manterá seus contratos assim que forem possíveis, além de manter a todos informados sobre a saúde do cantor. Linfoma Não-Hodgkin é um um tipo de câncer que aparece no sangue, tendo o seu o início no sistema linfático.
Linfoma não Hodgkin: entenda o diagnóstico de câncer de Jorge Aragão
O linfoma não Hodgkin é um câncer no sangue, mas, diferentemente da leucemia, que atinge a medula óssea, esse tipo de doença afeta os vasos e gânglios do sistema linfático, que é responsável pela defesa do corpo humano.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), existem mais de 20 tipos de linfomas não Hodgkin, com diferentes níveis de gravidade.
Em geral, o linfoma não Hodgkin pode atingir três tipos de células do sistema de defesa, as células B, que são os mais comuns, representando 85% dos casos; as células T; e as células NK. Além da classificação por células, há variações quanto ao grau de rapidez com que se espalha no corpo humano.
Prevalência em homens
Esse tipo de câncer, que atinge o sistema imunológico, ainda que seja o mais incidente em crianças, se torna mais comum com o envelhecimento e atinge homens com maior frequência. O Inca estimou que entre 2023 e 2025, o país registraria a cada ano cerca de 12.040 novos casos desse tipo de câncer, sendo 6.420 casos em homens e 5.620 em mulheres. O número representa um risco de 5,57 a cada 100 mil habitantes.
Há alguns fatores de risco que podem facilitar a ocorrência da doença, como fator genético, transplantes, doenças autoimunes, infecção por HIV ou outras infecções específicas. A exposição a substâncias nocivas, como pesticidas, ou à radiação, também representa risco.
Sintomas
O diagnóstico precoce da doença é um dos pontos cruciais para obter sucesso no tratamento. Para isso, é importante identificar sintomas que possam indicar a ocorrência do linfoma não Hodgkin.
O corpo humano possui estruturas chamadas “gânglios”, uma espécie de nódulo do sistema de defesa, responsável por “filtrar” substâncias que podem fazer mal ao organismo. Eles se localizam em regiões como pescoço, virilha e axilas. Um dos sintomas do linfoma não Hodgkin é o aumento de dessas estruturas.
Além disso, sintomas comuns são suor noturno excessivo, febre, coceira na pele e perda de peso acima de 10% sem causa aparente.
Tratamento
De acordo com o Inca, o tratamento depende do tipo de linfoma não Hodgkin, mas os tipos mais indicados são a quimioterapia, a imunoterapia e a radioterapia. No caso de pacientes com quadro mais avançado da doença, quando há risco de atingir o Sistema Nervoso Central, a indicação é um tipo específico de quimioterapia e radioterapia. Nesse caso, há injeção quimioterápica no líquido cérebro-espinhal e radioterapia nessas regiões do corpo.
Linfoma Não Hodgkin: veja outras personalidades diagnosticadas com a mesma doença de Jorge Aragão
O câncer que afeta o sistema linfático já foi enfrentado por outras personalidades, como o ator Reynaldo Gianecchini e a escritora Glória Perez; conheça quem já se curou da doença.
- Glória Perez: a dramaturga percebeu um caroço grande saltando do pescoço em 2009, enquanto escrevia a novela “Caminho das Índias”, e teve a confirmação de um tumor na tireoide. Passou por cirurgia de urgência para retirada da tireoide em abril, seguida de seis sessões de quimioterapia com intervalos de 21 dias. Atualmente, a escritora está livre do linfoma.
- Reynaldo Gianecchini: o diagnóstico do ator foi feito em 2011, quando tinha 38 anos, após ter sido internado com suposto sintoma de faringite no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. “É difícil saber precisamente quando começaram os sintomas. Todo ano tinha uma coisinha, comecei a desenvolver uma alergia. Eu operei de hérnia na virilha e deu uma infecção, começaram a aparecer gânglios na região do pescoço, tudo indicava que era uma virose. Mas tinha no corpo inteiro, fizemos então uma biópsia dos gânglios. Depois de um mês, veio o resultado”, afirmou à Associação Brasileira de Linfona e Leucemia (Abrale). O artista se curou da doença e retomou a carreira.
- Edson Celulari: o ator foi diagnosticado em junho de 2016, aos 58 anos. Após alguns meses de quimioterapia, recebeu a notícia da remissão, em novembro. Por precaução, submeteu-se a mais doze sessões de radioterapia.
- Jane Fonda: aos 84 anos, a atriz americana vencedora do Oscar revelou em dezembro do ano passado que a doença estava em remissão, dois meses após começar o tratamento quimioterápico contra a doença.
A doença, que afeta 1,5 milhão de pessoas em todo mundo, ataca o sistema linfático, responsável pela imunidade do organismo, defendendo-o de vírus, bactérias e outras ameaças externas. Em estágio inicial, 80% dos casos têm chance de cura. Por outro lado , se diagnosticado em estágio avançado, a taxa cai para 40% a 70% dos casos.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), existem mais de 20 tipos de linfomas não Hodgkin. O linfoma não Hodgkin costuma ser mais comum em pessoas mais velhas, mas também pode atingir crianças e adolescentes e adultos. O tratamento pode envolver quimioterapia, radioterapia, terapia medicamentosa direcionada, engenharia de células imunológicas, transplante de medula óssea e imunoterapia.
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