William Bonner é um dos jornalistas mais conhecidos do Brasil. Há muitos anos, ele apresenta o programa ‘Jornal Nacional’, exibido na emissora Globo e considerado um dos maiores meios de comunicação jornalístico do país.
E nesta última sexta-feira, dia 18 de agosto, o comunicador não conseguiu esperar o seu programa e deu uma notícia inesperada com um sorriso no rosto para os seus telespectadores.
“Nesta sexta-feira, eu estou completando exatamente 10 mil dias desde que estreei no ‘Jornal Nacional’. Não são 10 mil edições, não são 10 mil boas noites. São 10 mil dias corridos desde o início de abril de 1996, em que eu vim trabalhar aqui como apresentador. Só me tornei editor-chefe 3 anos depois disso”, contou ele, para os seus seguidores, espalhando a boa notícia e revelando como está se sentindo após o marco.
“Hoje chega ao fim”, ainda declarou ele, ao falar sobre o assunto.
O comunicador se mostrou muito orgulhoso por toda a sua jornada na bancada do ‘Jornal Nacional’ e por saber o que estava fazendo há 10 mil dias, contando que está muito contente por ter conseguido chegar neste marco. Ele ainda aproveitou para agradecer o carinho e a confiança de todos.
O apresentador tem uma longa trajetória na emissora Globo, sendo conhecido em todo o país por conta de estar sempre presente durante o período noturno, no ‘Jornal Nacional’, considerado um dos maiores telejornais do país que sempre apresenta um conteúdo com importantes informações para os brasileiros.
O apresentador seguiu falando sobre a data:
“Eu não sei, talvez você saiba o que você estava fazendo 10 mil dias atrás. Eu sei. Eu estava aqui na Globo, nervoso para estrear na bancada do ‘Jornal Nacional’. Eu estou muito orgulhoso desse número, muito contente que ele tenha chegado e também muito contente de compartilhar com vocês e poder agradecer o carinho e a confiança desses dias todos”, declarou.
E, é claro, que entre esses 10 mil dias, alguns se destacaram. Relembre x momentos marcantes de Bonner no programa:
A estreia de William Bonner no “Jornal Nacional” ocorreu em 1° de abril de 1996, ao lado de Lillian Witte Fibe. A dupla foi mantida até 1998.
Em 1998, Fatima Bernardes assumiu a cadeira do “Jornal nacional” ao lado de William Bonner.
William Bonner participou de coberturas históricas à frente do “JN”, como a dos atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. A edição daquela noite e as das noites seguintes valeram ao telejornal a indicação como finalista do Prêmio Emmy Internacional.
O jornalista já contou que um dos momentos mais difíceis de sua carreira foi a cobertura da morte do jornalista Tim Lopes, assassinado em 2 de junho de 2002. Nos bastidores, o apresentador não conteve o choro após o fim do programa.
Entre outros destaques de sua carreira estão as ancoragens fora da bancada, como em dois eventos no ano de 1998: o dia da reeleição de Fernando Henrique Cardoso, quando transmitiu o jornal da frente do Palácio da Alvorada, e durante a Copa do Mundo da França, ocasião na qual um estúdio foi montado em Paris.
Bonner também ancorou o “JN” fora da bancada durante a cobertura da morte do Papa João Paulo II (2005); nos ataques de traficantes à cidade de São Paulo (2006); nas enchentes de Santa Catarina (2008); no acidente aéreo da TAM, no aeroporto de Congonhas (2007).
O apresentador repetiu a experiência na eleição e reeleição do primeiro presidente negro americano, Barack Obama (2008 e 2012, respectivamente); e no incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (2013).
Em 2011, Fátima Bernardes deixou o “Jornal Nacional” para comandar seu próprio programa, e Bonner passou a dividir a bancada com a jornalista Patrícia Poeta.
Três anos depois, nova parceira de bancada. No dia 3 de novembro de 2014, Renata Vasconcellos assumiu a cadeira ao lado do editor-chefe.
Outra cobertura marcante realizada pelo “Jornal Nacional” foi a ocupação da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão pelas forças de segurança do estado do Rio de Janeiro e a implantação da Unidade de Polícia Pacificadora. A cobertura rendeu ao telejornal o tão esperado prêmio Emmy Internacional na categoria Notícia, que foi recebido por Bonner e por parte da equipe, em cerimônia nos Estados Unidos.
Para celebrar os 40 anos do “Jornal Nacional”, Bonner lançou, em agosto de 2009, o livro “Jornal Nacional – Modo de Fazer”, pela Editora Globo. Um texto com informações de bastidores, em que o autor explica como é feito o telejornal mais importante da televisão brasileira.
No ano seguinte, Bonner tem uma nova conquista, desta vez um tanto imprevista. Em 2010, ganhou o “Shorty Awards”, considerado o Oscar do Twitter, na categoria jornalismo. Sua atuação bem-humorada na rede social fez de sua conta um enorme sucesso.
Em 2019, o “JN” comemorou 50 anos com a edição de um livro, organizado pelo Memória Globo, em que William Bonner assinou um dos capítulos. O telejornal também realizou uma série especial, recebendo apresentadores de praças e afiliadas para ocupar a bancada do “JN” aos sábados.