A vida de Diones Coelho da Silva, um motorista de aplicativo brasileiro, deu uma reviravolta inesperada e devastadora após um acidente envolvendo o conhecido ator Kayky Brito. Hoje, ele compartilha sua história e sua angústia em meio a uma situação que abalou não apenas sua vida, mas também a de sua família.
Diones Coelho da Silva se pronunciou recentemente pela primeira vez desde o fatídico acidente que mudou sua vida para sempre. Com um olhar cansado e uma voz carregada de emoção, ele expressou que, apesar de estar com a “consciência tranquila”, ainda se sente profundamente abalado pelo que aconteceu. “Tenho a minha consciência tranquila. Desde o acidente estou muito abalado. Abalado com o estado de saúde do Kayky, com a massificação da mídia. Fico pensando no filhinho dele, sou pai também”, declarou ele ao UOL.
O incidente que envolveu Diones e Kayky Brito deixou sequelas não apenas físicas, mas também emocionais. A angústia que Diones sente é palpável, especialmente considerando sua empatia pelo estado de saúde do ator e a preocupação com o filho deste. Sua declaração revela a complexidade das emoções que um acidente dessa magnitude pode provocar, deixando cicatrizes profundas na mente e no coração de todos os envolvidos.
No entanto, a tragédia não parou por aí. Diones Coelho da Silva também teve que lidar com a reviravolta em sua carreira e na sua fonte de sustento. Após o acidente, ele se viu sem condições de continuar trabalhando como motorista de aplicativo, uma vez que seu carro ficou seriamente danificado e ele não tinha os recursos necessários para realizar os reparos. Uma situação já delicada se tornou ainda mais crítica quando a plataforma na qual ele trabalhava decidiu bloqueá-lo. Diones desabafou sobre essa situação: “Não tenho como trabalhar [sem o carro]. Para a minha surpresa, o aplicativo me bloqueou, mesmo com as investigações apontando [até agora] uma fatalidade. Nunca tive nenhuma intenção de machucar o menino”
As palavras de Diones destacam a realidade financeira precária que muitos motoristas de aplicativo enfrentam. A necessidade de possuir um veículo em boas condições e arcar com despesas como a prestação do carro e a franquia de seguro pode ser esmagadora. Esses profissionais muitas vezes estão presos em um ciclo em que a manutenção do carro e os custos associados ao trabalho consomem grande parte de seus ganhos, deixando-os vulneráveis a eventos inesperados, como acidentes.
O relato de Diones Coelho da Silva lança luz sobre questões complexas e urgentes que envolvem a segurança e o suporte aos motoristas de aplicativo.
Como sociedade, é importante refletirmos sobre como podemos melhorar as condições de trabalho e garantir que esses profissionais tenham o apoio necessário em momentos difíceis, como acidentes de trânsito.
É essencial que sejam estabelecidos procedimentos justos e transparentes para lidar com casos como o de Diones, a fim de evitar que esses trabalhadores enfrentem dificuldades financeiras extremas devido a situações fora de seu controle.
Motorista que atropelou Kayky Brito faz apelo para trabalhar; vaquinha arrecada R$ 60 mil
O motorista de aplicativo que atropelou Kayky Brito revelou que está sem poder trabalhar desde o dia do acidente, ocorrido no sábado (2), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Nas redes sociais, Diones Coelho da Silva fez um apelo.
“Essa vaquinha é para cobrir o prejuízo do meu carro, a franquia do seguro, a prestação do carro, a mensalidade do seguro, e despesas com meus filhos até o carro ficar pronto e eu voltar a trabalhar novamente. Deus é soberano sobre todas as coisas”, escreveu o motorista no site da vaquinha.
Caso não consiga voltar a trabalhar, o motorista calcula que terá um prejuízo mensal de R$ 5 mil, valor que cobre as despesas dele, da mulher e dos dois filhos, de 13 e 11 anos.
Além disso, ele teve um prejuízo no valor de R$ 10 mil com o acidente e também precisa arcar com a franquia do seguro, de R$ 4 mil, e com a prestação mensal do financiamento do veículo, de R$ 1,7 mil.
“O carro é o único meio de trabalho. Comprei o carro para trabalhar e, se pagar, não tinha nem 10 mil quilômetros rodados. Nem sei o que fazer. Tenho dois filhos pequenos, e isso agrava ainda mais meu psicológico”, contou.
Kayky Brito continua internado na UTI após acidente
O artista foi atropelado na madrugada do último sábado (2), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O motorista prestou socorro ao ator e prestou depoimento à Polícia no mesmo dia. Foi constatado que ele não havia consumido drogas ou bebidas alcoólicas.
Kayky sofreu politraumatismo e traumatismo craniano. Ele está internado em UTI de um hospital particular em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo o boletim médico da última quarta-feira (6), segue em ventilação mecânica, mas apresenta “sinais de melhora evolutiva”.