Uma médica israelense foi morta por membros do Hamas quando tentava salvar feridos dos ataques realizados pelo grupo terrorista no último sábado, em Kibutz Be’eri, no sul do país. Amit Mann, de 22 anos, estava dentro de uma clínica no momento da invasão da unidade de saúde pelos assassinos. Ela foi baleada enquanto falava ao telefone com seus parentes.
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Amit morreu após passar seis horas dentro da clínica situada nas proximidades da fronteira com a Faixa de Gaza. Em seus últimos momentos de vida, a médica manteve contato com suas irmãs pelas redes sociais.
“Há uma enfermeira e um dentista aqui. Estamos fazendo o que podemos”, comenta Amit por mensagem de texto, acrescentando que havia pessoas feridas que estavam “sangrando” e não tinha como tirá-las do local
Lior, irmã de Amit, então questiona se houve tiroteio.
“Sim. Isso nunca acaba. Parece que há mais terroristas. Eles estão nas casas das pessoas. As forças do exército foram atingidas”, respondeu a médica.
“É uma guerra e vamos vencer – somos mais fortes”, escreveu Lior. “Concentre-se em cuidar de si mesmo. Acabará em breve”, acrescentou. “Eu te amo. Obrigado”, respondei Amit.
Para sua outra irmã, Haviva, a médica contou que estava escondida na cozinha da clínica. Ela segurava uma faca para se proteger. “Eles estão aqui. Eles estão na clínica. Acho que não vou conseguir sair daqui. Por favor, seja forte se algo acontecer comigo”, afirmou.
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Pouco depois, Amit telefonou para suas irmãs, que ouviram barulho de tiros. De acordo com a família, a médica dissse: “Eles estão em cima de mim! Eles atiraram nas minhas pernas”.
Os parentes de Amit passaram o domingo em busca de notícias da médica. O corpo dela foi encontrado em meio a outros 107 cadáveres que estavam na clínica na segunda-feira. Os restos mortais da vítima foram enterrados no cemitério em Netivot, nesta terça-feira.
O Magen David Adom, uma espécie de Samu de Israel, prestou uma homenagem à Amit. “Amit foi uma paramédica heróica que continuou a cuidar dos feridos mesmo quando terroristas tentaram invadir uma clínica em Kibbutz Be’eri. Ela se sacrificou enquanto tentava proteger a vida dos pacientes – sua prioridade era apenas o que era melhor para eles”, escreveu o diretor do serviço, general Eli Bin.
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