Você já sentiu uma pontada penetrante como se fosse um objeto pontiagudo entrando em seu peito? Além da dor, a pessoa ainda sente uma angústia e sensação de morte indescritível.
Ainda que dure alguns segundos, o mal-estar que às vezes se espalha para os braços e costas, pode provocar falta de ar momentânea e assusta mesmo
Muitas pessoas procuram um médico para tentar entender o que aconteceu, outras não se importam e somente agradecem por essa angústia misturada com dor ter passado.
O correto mesmo é buscar ajuda médica depois que o susto passa, certamente ele irá solicitar exames para certificar de que a saúde de seu coração está em perfeitas condições.
Mas afinal, o que é essa dor angustiante que sentimos no peito?
Cientificamente, esse mal é catalogado como ‘Síndrome de captura precordial’ e pode ser a pleura (membrana que reveste alguns órgãos) pressionando ou encostando nos nervos próximos do tórax, nesse caso o incômodo acontece mesmo que a pessoa esteja em repouso.
Por outro lado, esse incômodo pode ser também de sintomas psicossomáticos como crise de ansiedade, medo, estresse generalizado, síndrome do pânico ou indícios de depressão.
Sentir dor no peito pode ser o coração avisando que alguma coisa não vai bem ou que algum problema mais sério possa estar vindo por aí.
Mas também pode não ter nenhuma ligação com o coração, por isso a importância de uma avaliação médica.
Dessa forma, caso você ou alguém de sua família sinta esse mal-estar, não hesite em procurar um médico.
Qual a relação entre dor no peito e ansiedade?
Nos dias atuais, problemas de ordem psicológica como ansiedade, depressão, estresse e pânico são alguns dos mais comuns devido a inúmeros fatores. Seja o dia a dia corrido, questões pessoais mal resolvidas ou outros problemas, fato é que crises onde se apresenta um desespero profundo e que refletem em sintomas parecidos com um ataque do coração.
Em uma crise de pânico ou ansiedade, além da dor no peito, a pessoa também provavelmente vai apresentar sinais como tremores extremos, palpitação, suor, falta de ar, sensação de estar sufocando, náuseas, tontura, apagões que parecem estar fora da realidade, pânico de morrer ou de enlouquecer, adormecimentos em diversas partes do corpo e calor ou calafrios extremos.
Esses sinais podem aparecer pela primeira vez em uma pessoa que nunca apresentou transtornos de ansiedade, mas também podem surgir frequentemente em pacientes que já estejam em tratamento para ansiedade, por exemplo. Por isso, é importante saber do histórico da pessoa e entender seus sintomas para que seja possível dar o auxílio necessário para o momento.
Dor no peito por infarto
Já a dor no peito por infarto tem algumas diferenças. Por exemplo, a sensação pode ser de aperto, pressão e ardência na região torácica da pessoa, podendo e normalmente se estendendo até a boca do estômago. Aliás, a queimação no estômago acompanhada desses sinais pode também ser um indício de infarto, acompanhado com uma sensação de estômago embrulhado.
A dor de infarto fulminante pode acontecer em qualquer lado do peito, e não somente no esquerdo como muitas pessoas pensam. Essa dor ainda pode irradiar para o braço, principalmente do lado esquerdo. O desconforto também é progressivo, ou seja, vai aumentando rapidamente em poucos minutos.
Outros sintomas de um ataque cardíaco ainda incluem falta de ar, náuseas, vômito e suor frio. Por isso, é sempre importante observar o conjunto de sintomas, não somente a dor do lado esquerdo do peito.
Os primeiros passos que devem ser tomados em cada caso
Em pacientes que apresentam síndrome do pânico, transtornos de ansiedade e depressão, em alguns casos é possível conversar, ajudar a pessoa a se acalmar e levá-la até um pronto-atendimento para que ela seja medicada. De qualquer forma, é muito importante fazer consultas com psiquiatras e psicólogos para que um tratamento adequado seja prescrito, a fim de evitar, reduzir e sanar futuras crises.
Já se os sintomas forem mais parecidos com o de um infarto, é preciso ter mais urgência nas atitudes. Cada minuto faz toda a diferença, então é importante agir rápido.
Assim que identificar os sintomas do infarto, solicite que tragam o DEA (desfibrilador externo automático) o mais rápido possível, e é importante ligar para a emergência e ir realizando os primeiros socorros com o equipamento e as manobras com massagens cardíacas que ajudam o coração a retomar os batimentos na frequência correta (ritmo sinusal). Saiba o que fazer quando alguém tem uma parada cardíaca. Conheça também o cardioversor e seus usos.
Como evitar crises de pânico e ansiedade
Problemas de pânico, estresse, ansiedade e depressão são, assim como outras doenças, difíceis de serem controlados e evitados. Mas por ainda haver muito preconceito com esse tipo de condição, muitas pessoas acabam negligenciando sintomas, até que sentem crises incontroláveis e que podem ter sérias consequências. Por isso, é muito importante prestar atenção aos sinais de pessoas próximas, como tristeza recorrente, desânimo com a vida, perspectiva ruim do futuro e falta de energia para realizar atividades simples, como levantar da cama e tomar banho. Esses sinais podem indicar possíveis indícios de crises ou uma depressão e precisam ser tratados.
Já para quem quer evitar que esses problemas apareçam ou reapareçam, a dica é investir exercícios físicos, que aumentam os hormônios que provocam a sensação de bem-estar, se alimentar bem com frutas e legumes e levar uma vida mais leve, procurando atividades que ajudem a tirar o estresse acumulado no dia a dia, como ioga, meditação e exercícios de respiração.
Como evitar um infarto
Exceto em caso de acidentes, como afogamentos, choques elétricos, quedas ou fatalidades do tipo, o infarto dificilmente surge sem que o paciente tenha algum fator de risco ou cultive maus hábitos durante alguns anos de sua vida. Portanto, é essencial que, para diminuir as chances de ter um infarto, um conjunto de fatores seja levado em consideração. A alimentação é o mais importante deles, já que o alto nível de colesterol, causado pelo consumo de carnes gordurosas principalmente, pode ser um indício importante para o infarto.
Portanto, o consumo de carnes magras, aliado à ingestão de fibras e de água é um dos principais fatores que mais fornecem saúde para o coração. Junto a isso, a prática de exercícios físicos vai fortalecer todo o sistema cardiovascular, diminuindo drasticamente as chances de um ataque cardíaco.
Evitar situações de estresse profundas também ajuda, já que elas podem elevar os batimentos cardíacos e, se o coração já estiver fraco, as chances de um infarto ocorrer são maiores.
Por último, e não menos importante, é imprescindível a realização de um acompanhamento médico e de um checkup anual ou semestral, conforme orientação profissional. Nesses exames, muitas vezes são realizados eletrocardiogramas (com eletrocardiógrafos), assim, por exemplo, o médico poderá avaliar a saúde do coração verificar se há artérias comprometidas e até agir antecipadamente em alguns casos para evitar um infarto.
A dor no peito por ansiedade é relacionada a ataques de pânico em pessoas que possuem problemas de ordem psicológica. A sensação, por mais que seja parecida com a de um infarto, difere muito também na reação do paciente, que sente muito medo em relação ao que vai acontecer, mais até do que se tivesse passando por um ataque cardíaco. Por isso, é muito importante tratar de ambos os problemas para viver com mais qualidade de vida e eliminar a dor no peito da vida, seja por qual motivo for.
Quais os sintomas da angústia?
Como pontuamos brevemente, a angústia envolve sintomas físicos e psicológicos e, em geral, podemos identificar mais facilmente observando os seguintes fatores:
- Excesso de pensamentos negativos;
- Crises de ansiedade;
- Batimentos cardíacos rápidos e descontrolados;
- Dores no peito e sensação de aperto na garganta;
- Dificuldades para respirar e sensação de sufocamento;
- Inquietação;
- Dores de cabeça;
- Insônia.
Para o especialista Florindo:
Nó na garganta, aperto no peito, desamparo e vontade de chorar. Estas são sensações geralmente mencionadas por pessoas que passam pela angústia.
Como melhorar a angústia?
Você deve estar se perguntando, mas então, como lidar com a angústia? Não há exatamente uma receita de bolo ou exercícios que garantam que você deixe de sentir aquela angústia ou se livre dela para sempre.
Esse sentimento tem muito a ver com a forma como nos conhecemos, trabalhamos a nossa inteligência emocional e lidamos com as questões no dia a dia.
Por isso é tão importante desenvolvermos habilidades, como o autoconhecimento, junto com um profissional, para evitar que os sintomas cheguem ao limite da situação.
Segundo Florindo:
Para superar momentos de angústia, é importante procurarmos pessoas e atividades que nos façam bem e nos tragam paz. Amigos e familiares, nossos lugares preferidos, comidas favoritas, contato com ambientes positivos.
O nosso encontro com o bem-estar emocional passa, entre outras questões, com os fatores de risco da angústia durante toda a vida.
Por isso, é importante buscar esse equilíbrio para que momentos de maior dificuldade sejam trabalhados sem tantos abalos emocionais e físicos.
É importante cuidar de cada caso em sua singularidade. O acompanhamento com um profissional é recomendado sempre que a pessoa encontra dificuldades em lidar com seus sentimentos”Comenta Florindo
“Se deixarmos a angústia tomar conta, nosso autocuidado diminui. Isso quer dizer que deixarmos de fazer coisas importantes pra nós mesmos. Aspectos de saúde como a higiene do sono, alimentação e a evitação de abuso de substâncias, como o álcool, precisam ficar no nosso radar de saúde geral.”, finaliza Florindo.
Dicas para superar
Mesmo que seja muito importante o contato com um especialista em bem-estar emocional para tratar a causa do seu sentimento, você pode seguir alguns cuidados práticos para entender como lidar com a angústia.
Veja:
- Controle a respiração, inspire e expire calmamente para que você retome o controle da sua respiração;
- Faça exercícios físicos ou pratique outras técnicas que ajudam a relaxar o corpo, como a meditação e o alongamento;
- Busque pensamentos positivos para substituir a carga mental negativa;
- Tome um banho relaxante e descanse em ambientes calmos;
- Inclua chás e uma alimentação saudável na sua rotina;
- Converse, entre em contato com pessoas que te fazem bem, seja ela um amigo ou familiar ou o seu próprio terapeuta;
- Aprenda a viver todos os sentimentos que existem dentro de você e transforme em degraus para a sua evolução pessoal.