O Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz do Paraná, divulgou, nessa quarta-feira (20), o resultado de um estudo sobre a transmissão do zika vírus da mãe para o bebê ainda dentro da barriga. Já se sabe que o micro-organismo é capaz de chegar ao feto e causar a microcefalia, mas a maneira com que isso acontece ainda está em investigação – e essa nova pesquisa traz informações valiosas sobre isso. Veja a seguir o que foi descoberto.
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Como o zika vírus passa para o bebê
De acordo com informações do site de notícias G1, o estudo confirma que o zika vírus é capaz de atravessas a placenta da mulher grávida. A afirmação é decorrente da identificação de traços de DNA do micro-organismo no tecido placentário de uma mulher que teve a gravidez interrompida.
Os responsáveis pelo estudo usaram anticorpos para identificar a presença de uma infecção placentária e, em seguida, detectaram o zika através de um exame de PCR, que identificou o material genético viral na placenta.
A gestante em questão, que não foi identificada, relatou sintomas característicos da contaminação pelo zika vírus semanas antes de um aborto retido, que ocorre quando o feto para de se desenvolver dentro do útero.
Vale lembrar que a barreira placentária é uma das principais proteções do bebê, pois ela é capaz de brecar a passagem de uma grande variedade de micro-organismos nocivos até o espaço onde está o feto.
A hipótese para o modo de transmissão formulada pelos pesquisadores diz que a passagem do vírus pela barreira placentária ocorre através das células de Hofbauer, que capturam o zika com o objetivo de eliminá-lo, mas acabam sendo absorvidas pela placenta, servindo como uma espécie de transporte para o vírus até o feto.