Na guerra, a primeira vítima é a verdade. Ainda mais contra a balança. É que parece surgir uma dieta nova a cada semana. E ficamos sem saber se os benefícios divulgados correspondem aos fatos ou à ficção das editoras. Pensando assim, qual será a verdade por trás da chamada “dieta do mel”?
Tem sempre um novo regime para emagrecer por aí – da sopa, do paleolítico, da proteína. Pois parece que a Dieta do Mel é mais uma delas. Criada pelo nutricionista escocês Mike McInnes, sua promessa é a de que podemos eliminar cerca de 1,5 kg por semana. O argumento utilizado é o de que o açúcar deixa o cérebro em um estado de fome constante, enquanto o mel tem efeito contrário.
A recomendação do livro é a de que uma dose de mel pela manhã e à noite pode levar à perda de peso – a receita correta é uma xícara de água quente, limão espremido e de uma a duas colheres de mel. Isso porque sua atuação no organismo teria o poder de reduzir o stress, permitindo um sono mais profundo e tranquilo. Com isso, o metabolismo funciona melhor – e queima calorias com maior eficiência. E não importa o que você coma: teoricamente, o mel altera a química do cérebro, reduzindo o apetite.
Algumas dicas do livro, ainda sem previsão de lançamento no Brasil, são bem interessantes. Veja a seguir que muitas delas já praticamos.
Recomendações da Dieta do Mel
Troque o açúcar por mel
Cada grama de açúcar que consumimos é convertido em duas gramas de gordura corporal. Por isso, o autor recomenda cortar definitivamente o açúcar e adoçantes artificiais – e, no preparo dos alimentos, adoçar com mel (use metade do que usaria de açúcar).
Elimine as calorias vazias
Alimentos calóricos sem benefícios para o corpo só trazem calorias vazias. Assim, risque da sua lista comida processada, refrigerantes, fritura e fast food.
Fuja dos carboidratos refinados
Carboidratos refinados, como farinha branca, contêm poucos nutrientes e são rapidamente absorvidos pelo corpo, causando picos de açúcar no sangue. Prefira pães e massas integrais. Fazer atroca vantajosa da farinha branca pela integral é um grande passo para equilibrar os níveis de insulina.
Um dia por semana sem carboidrato
Escolha um dia da semana para ficar longe de carboidratos (pães, massas, farinha, batata, arroz, cereais). Com isso, reduzimos os níveis de insulina, o que significa estar menos propenso a armazenar gordura.
Corte a batata
Batatas elevam nossas taxas de insulina. Para perder peso extra, considere-a proibida.
Coma mais proteínas
Conte com as proteínas. Elas enos mantém saciados por mais tempo, e isso evita os perigosos picos de açúcar no sangue. A melhor opção são as proteínas magras, como como peixe e frango sem pele, que têm baixas calorias. Uma boa alternativa são as fontes vegetais, como lentilha, feijão e leguminosas.
Encare uma salada
Além de vitaminas e minerais, os vegetais, chamados alimentação viva, são ricos em fibras. Por isso, oGuia Alimentar da População Brasileira recomenda consumirmos de seis a nove porções por dia.
Dois pedaços de fruta por dia
Frutas são recheadas de antioxidantes, mas podem conter elevados nível de açúcar. Aqui, o recomendado é moderação.
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Prefira laticínios integrais
Produtos lácteos sem gordura significam adição de agentes gelificantes, agentes de volume, adoçantes ou açúcares para tornar o resultado palatável. Estudos têm demonstrado que o iogurte integral mantém a pessoa satisfeita por mais tempo. Os produtos lácteos são uma fonte muito importante de cálcio, e ainda trazem os probióticos. Estas “bactérias amigas” auxiliam na aceleração do metabolismo e tornam mais eficaz a digestão.
E agora?
E o que eu penso disso? Já vimos como ficou a história do Dr. Dukan, que teve cancelada sua licença para praticar a medicina na França. Ou seja: não é porque um livro foi publicado com o nome de Dieta do Mel que você pode comê-lo e ainda perder peso. Eu ainda prefiro eliminar o açúcar – e mesmo o mel – da minha dieta, manter uma alimentação saudável e equilibrada, e apostar no exercício físico. Experimente essa fórmula!
A dieta incentiva à prática de atividades físicas como forma de aumentar o gasto energético, melhorar a composição corporal e ter benefícios à saúde.
Os estudos científicos em relação à eficácia dessa dieta ainda são insuficientes, não sendo possível garantir seus benefícios em relação ao emagrecimento. Embora a dieta mencione a necessidade de uma dieta de baixas calorias para promover a eliminação de peso, a mesma não oferece materiais suficientes aos seus adeptos para que esses aprendam como deve ser a alimentação. Além disso, se a pessoa apenas incluir o mel na alimentação, sem realizar uma dieta com redução calórica e não iniciar a prática de exercícios, o emagrecimento não irá ocorrer.