Nas duas últimas semanas, a população brasileira viu uma doença chamada Síndrome de Haff ganhar destaque nos noticiários, após alguns casos aparecerem no nordeste brasileiro.
Em Pernambuco, duas irmãs foram internadas após ingerirem um peixe da espécie arabaiana e foram diagnosticas com o problema conhecido “doença da urina preta”, a mais jovem delas, Pryscila Andrade, de 31 anos, no entanto, acabou não resistindo, e teve morte confirmada na terça-feira (02).
A médica veterinária permaneceu duas semanas internadas em unidade hospitalar particular de Recife, e após complicações em seu quadro clínico, não resistiu. Já a irmã dela, Flávia Andrade, passou quatro dias internada, e posteriormente recebeu alta.
De onde vem?
Estudos publicados até o momento sobre a Síndrome de Haff no Brasil dão conta que os casos de contaminação se deram após a ingestão dos peixes tambaqui, badejo, pacu-manteiga, pirapitinga e arabaiana, – esta última espécie que foi o peixe ingerido por Pryscila Andrade e familiares.
Ainda não se tem uma convicção do motivo pelo qual os peixes podem ser tóxicos. A primeira possibilidade indica que isso pode ocorrer por conta deles ingerirem algas tóxicas, enquanto a outra aponta que pode ser por conta da má conservação do alimento antes do preparo.
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Alerta
Segundo especialistas, mesmo cozido, o peixe pode desencadear a doença da urina preta. Além disso, o alimento não apresenta um gosto diferente do habitual. Nem todos os peixes das espécies citadas acima são responsáveis pela infecção. A doença é tida como rara.
Os sintomas da Síndrome de Haff podem aparecer já nas primeiras 24 horas após o consumo, e os especialistas acreditam que a doença seja provocada por toxinas. Os principais indícios de contaminação são dores e rigidez muscular, dormência, perda de força, escurecimento da urina, que pode ficar na cor de café.
O problema quando identificado requer tratamento imediato, uma vez que pode levar à insuficiência renal, falência múltipla dos órgãos e até à morte do paciente.