O famoso jornalista Evaristo Costa, que tem 47 anos, acabou precisando ser internado em uma instituição médica em Cambridge, Inglaterra, segundo complicações da Doença de Crohn, uma patologia que acaba afetando diretamente o trato gastrointestinal.
Em uma foto publicada um dia após sua internação, Evaristo sorri vestindo uma roupa hospitalar, agradecendo o apoio que tem recebido de seus admiradores. “Agradeço demais as mensagens de carinho, as receitas, os contatos médicos e o apoio de vocês. Pode continuar mandando essas mensagens, tô com tempo pra ler tudo”, escreveu ele em parte do texto.
A assessoria de imprensa do jornalista, em nota ao portal F5 da Folha de S.Paulo, compartilhou informações animadoras sobre sua condição. “Evaristo Costa encontra-se em franca recuperação, sem dores e muito bem-humorado. A doença de Crohn entrou em remissão e a infecção respondeu bem aos antibióticos”, afirmou a nota.
Apesar das notícias positivas, ainda não há uma previsão de alta para Evaristo. O comunicado da assessoria ressaltou que os médicos decidiram continuar com a medicação intravenosa, indicando a necessidade de cautela antes de determinar o momento ideal para a saída do apresentador do ambiente hospitalar.
A Doença de Crohn, caracterizada por uma inflamação crônica do trato gastrointestinal, é um desafio significativo que requer não apenas cuidados médicos especializados, mas também força mental e emocional para enfrentar os altos e baixos que ela pode apresentar. Evaristo Costa, ao compartilhar sua jornada publicamente, não apenas informa seus fãs e seguidores sobre sua condição, mas também destaca a importância do apoio da comunidade nesses momentos difíceis.
A reação calorosa e solidária dos admiradores do jornalista nas redes sociais ilustra como as conexões virtuais podem se transformar em uma fonte valiosa de conforto e estímulo. Mensagens de apoio, receitas, e contatos médicos demonstram a preocupação e carinho de uma comunidade que se une em torno de uma figura pública, mostrando que, em tempos de adversidade, a empatia virtual pode desempenhar um papel crucial no processo de recuperação.
O caso de Evaristo Costa ressalta a importância da conscientização sobre doenças crônicas e da necessidade de uma abordagem integrada para enfrentar os desafios que elas apresentam. A superação desses obstáculos não é apenas uma questão médica, mas também um teste de resiliência pessoal, apoio da comunidade e, muitas vezes, a aceitação das mudanças que a condição impõe à vida cotidiana.
Neste momento delicado, desejamos a Evaristo Costa uma recuperação plena e expressamos nossa solidariedade a ele, sua família e a todos que enfrentam desafios de saúde similares. Que sua história inspire não apenas aqueles que o admiram, mas também sirva como um lembrete poderoso de que, juntos, somos capazes de superar as adversidades, apoiando-nos mutuamente em cada passo do caminho.
Em seguida falou sobre as dificuldades que estava enfrentando com a doença, tendo fortes dores abdominais, diarreia persistente, febre e perda de peso, tudo isso o levou a ficar com fraqueza e fadiga.
Evaristo Costa ainda disse que teve se receber morfina para aguentar as fortes dores que estava sentindo. Ele então desabafou com seus seguidores diante do problema que acabou sendo diagnosticado a alguns anos, e as consequências que lhe trás.
O jornalista seguiu a explicação falando que a imunidade baixa o deixaria mais suscetível a vírus e bactérias, deu o exemplo de uma infecção que acabou tendo em sua perna a pouco tempo. Ele ainda disse que isto pode levar a anemia e consequências ainda mais grave se não tiver os devidos cuidados.
Lembramos que em novembro do ano passado o jornalista precisou se internar após a erisipela, uma infecção de pele na perna, oque muito provavelmente foi um problema em decorrência da Doença de Crohn. O problema vale lembrar pode afetar qualquer área do sistema digestivo, e pode ser tratada, porém não tem cura.
Logo em seguida o jornalista fez questão de atualizar seu quadro através do boletim médico recebido. Ele falou aos seus seguidores que ainda não tem nenhuma previsão de alta. “Por enquanto sigo sem previsão de alta, recebendo medicação intravenosa e a esperar do efeito dos antibióticos e da remissão do Chron”, disse.
Doença de Crohn: entenda inflamação que levou Evaristo Costa à UTI
“Após uma nova bateria de exames e confronto de resultados, a alta não veio. Mas sigo no lugar certo e em boas mãos. Estou liberado para circular pelo hotel, digo hospital”, diz Evaristo em publicação nas redes sociais.
A Doença de Crohn é uma inflamação crônica que afeta predominantemente a parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso (cólon), mas pode atingir qualquer parte do trato gastrointestinal. Ela é provavelmente provocada por desregulação do sistema imunológico do paciente.
Segundo a Biblioteca Virtual de Saúde, os sintomas da doença incluem diarreia, cólicas abdominais, febre frequente e, por vezes, sangramento retal. Perda de apetite e consequente perda de peso também são comuns.
“A diarreia pode se desenvolver gradualmente ou começar de forma abrupta, acompanhada por dores nas articulações e lesões na pele. Na Doença de Crohn, a dor abdominal e a diarreia frequentemente surgem após as refeições. Ela pode ainda se manifestar com problemas na região anal, como hemorroidas ou fissuras”, destaca o artigo.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da Doença de Crohn é geralmente realizado por meio de exames de imagem, como raio X e endoscopia, além de exames de sangue.
Já o tratamento é dividido em etapas para avaliar a gravidade da doença com base em evacuações, dor abdominal, fístulas e manifestações à distância. Se a doença for leve, o médico pode apenas monitorar o paciente.
“O foco do tratamento é controlar o processo inflamatório desregulado. Os medicamentos disponíveis atualmente ajudam a reduzir a inflamação e controlar os sintomas, mas não curam a doença” aponta a Biblioteca Virtual de Saúde.
Dieta para o paciente com Doença de Crohn
Embora a alimentação não seja a causa da doença, alimentos suaves e brandos são recomendados, especialmente durante as fases ativas, evitando condimentos e fibras. Exceto pela restrição do leite em casos de intolerância à lactose, muitos gastroenterologistas adotam uma abordagem liberal em relação às dietas dos pacientes com a doença.
“Apesar de ser uma doença crônica, a Doença de Crohn geralmente não é fatal. A maioria dos pacientes leva uma vida útil e produtiva, com alguns necessitando de hospitalização durante períodos mais ativos da doença. Entre esses períodos, muitos pacientes se sentem bem e vivem uma vida relativamente normal, mesmo com a condição”, elucida o artigo