De acordo com o Ministério da Saúde, o Alzheimer é “uma doença neurodegenerativa progressiva que se manifesta apresentando deterioração cognitiva e da memória de curto prazo e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais que se agravam ao longo do tempo”. É inserida na categoria de demências, junto com o Parkinson e outras doenças.
Essa doença começa muito antes de aparecerem os primeiros sintomas, quando “o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado”. Esse mau funcionamento faz com que partes dessas proteínas disfuncionais e tóxicas se alojem nos neurônios e nas ligações entre eles.
O que acontece em seguida é a morte lenta e gradual dos neurônios e a diminuição das ligações entre eles. Isso leva a um mau funcionamento de áreas como “hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato”.
Exame de sangue pode identificar Alzheimer 20 anos antes
Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos EUA, realizaram um estudo inovador, que pode salvar muitas vidas. Desenvolveram uma técnica de exame de sangue que pode identificar o início do desenvolvimento do Alzheimer, 20 anos antes do primeiro sintoma.
Isso por causa da capacidade de identificar exatamente aquela proteína problemática, que causa a morte dos neurônios e prejudica sua comunicação. O exame foca nessas proteínas e consegue medir a quantidade, determinando o grau e alertando o paciente para o foco na prevenção da doença.
Hoje os exames são baseados no funcionamento da tireoide e nos níveis de vitamina B12 no sangue. Além disso, são realizados testes cognitivos para somente a partir daí, solicitar a tomografia computadorizada, quando pede. Claro que esses exames só identificam a doença já instalada, cuidando somente do tratamento paliativo.
Foi comparado o desempenho do exame de sangue com o da tomografia computadorizada, em 158 adultos, todos com mais de 50 anos de idade. Entre eles, 148 apresentavam alguma limitação cognitiva, relacionada ao Alzheimer. Também foram observados os fatores gênero (mais mulheres do que homens possuem a doença) e os genes codificantes APOE4, que induzem à mesma.
No quesito gênero, não se observou diferença nos resultados, sendo o exame eficaz para homens e mulheres. Porém, ele demonstrou ser mais preciso em pessoas com o gene codificante APOE4, dando uma equivalência de 94% de precisão, quando comparado à tomografia. Já entre os pacientes que não apresentavam o gene, a precisão foi de 88%.