Faustão encontra-se sob cuidados intensivos e, em virtude do agravamento do quadro, há indicação para transplante cardíaco. É o que diz o último boletim divulgado pelo Hospital Albert Einstein, às 19h24 deste domingo (20).
- Faustão está internado no hospital de São Paulo desde 5 de agosto, com quadro de insuficiência cardíaca. Em junho deste ano, deixou o comando de seu programa na Band, após um ano e meio.
A nota, assinada pelos médicos Fernando Bacal e Miguel Cendoroglo Neto, traz as seguintes informações:
“Em 05 de agosto, Fausto Silva deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein para tratamento de insuficiência cardíaca, condição que vem sendo acompanhada desde 2020.
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Ele encontra-se sob cuidados intensivos e, em virtude do agravamento do quadro, há indicação para transplante cardíaco. O paciente está em diálise e necessitando de medicamentos para ajudar na força de bombeamento do coração.
Fausto Silva já foi incluído na fila única de transplantes, regida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que leva em consideração, para definição da priorização, o tempo de espera, a tipagem sanguínea e a gravidade do caso”.
Como funciona a fila de transplantes do SUS
O apresentador Fausto Silva terá de passar por um transplante cardíaco, por conta do agravamento de um caso de insuficiência cardíaca. A informação foi divulgada neste domingo (20), por um boletim médico do Hospital Albert Einstein.
Faustão foi incluído, portanto na fila de transplantes de órgãos, que é gerenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, mas o grande volume de procedimentos faz com que a quantidade de pessoas ainda precise passar por uma lista de espera.
Veja abaixo um resumo de como funciona o processo, com informações do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos:
- O primeiro passo é que o médico responsável cadastre o paciente na lista única de transplantes;
- A lista é gerida e organizada pela Secretaria Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde;
- A lista funciona por ordem cronológica de cadastro, ou seja, por ordem de chegada;
- Os pacientes que estão na fila são classificados de acordo com as necessidades médicas;
- Entre os tópicos de classificação estão o órgão que o receptor precisa, qual o estágio de gravidade da doença, qual o tipo sanguíneo e outras especificações técnicas;
- A compatibilidade genética também é um fator importante na decisão de quem receberá o órgão;
- Outro fator fundamental é a localização porque é preciso levar em conta o tempo de isquemia, que é o tempo de duração deste órgão fora do corpo;
- O tempo de isquemia, inclusive, determina que se um carro ou avião será usado para o transplante, com custos arcados pelo SUS;
- Além das particularidades, entre os fatores de desempate estão a gravidade da doença e crianças, que são prioridade tanto em caso de o doador ser uma criança como quando concorrem diretamente com adultos.
Fila passou de 50 mil em 2023
O g1 procurou o Ministério da Saúde, em busca do tamanho atual da fila de transplantes no Brasil, mas ainda não obteve retorno.
Em março, o Jornal Nacional mostrou que, pela primeira vez desde 1998, a fila de transplante de órgãos no Brasil passou de 50 mil pessoas. O dado é da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. A maioria dos pacientes esperava por um rim, quase 30 mil pessoas.
A Associação Brasileira de Transplantes alerta que precisa aumentar as autorizações para doação de órgãos. Em 2022, o percentual de recusas foi recorde: 47%. Nos anos anteriores, esse índice ficava em torno de 40%.