Diabetes
O diabetes é uma doença metabólica cujos casos geralmente são enquadrados em dois tipos principais. No tipo 1, o pâncreas deixa de produzir insulina, responsável por controlar a quantidade de açúcar no sangue. Já no tipo 2, as células do organismo se tornam resistentes a sua ação e, com o tempo, há uma queda na produção desse hormônio.
Comparando os dois tipos, a endocrinologista Daniele Zaninelli afirma que não é simples dizer qual é o mais grave, já que cada caso deve ser analisado individualmente: “Existem muitas diferenças na fisiopatologia dessas doenças, mas ambas podem levar a complicações micro e macrovasculares, dependendo da forma como se manifestam em cada pessoa”.
Uso da insulina por diabéticos pode fazer o tipo 1 parecer mais grave
De acordo com a médica, existem alguns pontos que levam a este tipo de comparação, como é o caso da dependência de insulina. “Apesar do uso obrigatório em pacientes com diabetes tipo 1 desde seu diagnóstico, muitos pacientes com tipo 2 ficam dependentes de seu uso ao longo do tempo”, afirma a especialista.
Outro aspecto importante é que o diabetes tipo 1 costuma ser diagnosticado precocemente devido ao rápido aparecimento dos sintomas. Por outro lado, os pacientes com o tipo 2 podem viver vários anos sem saber que têm a doença, podendo já apresentar complicações crônicas ao descobri-la.
Idade típica dos casos de diabetes influencia percepção de gravidade
Além disso, o tipo 1 era considerado uma doença de início típico na infância ou durante o começo da idade adulta. Hoje, no entanto, sabe-se que os adultos jovens correspondem a cerca de metade dos casos. “Já o diabetes tipo 2, que era uma doença típica do envelhecimento, tem aparecido com frequência cada vez maior entre crianças”, explica a endocrinologista.
Segundo Daniele, o mais importante é que os portadores dos dois tipos de diabetes conheçam suas doenças, suas particularidades e as principais medidas que devem ser tomadas para que o tratamento seja eficaz, garantindo assim a melhor qualidade de vida possível.
Novo coronavírus: a relação entre o diabetes e a COVID-19
Durante as últimas semanas, você deve ter ouvido falar que os pacientes com diabetes, assim como os hipertensos, ao serem infectados pelo novo coronavírus, têm riscos maiores de evoluir para um caso grave de COVID-19. Embora a cada dia surgem informações mais atualizadas a respeito desta nova doença, a endocrinologista explica o que se sabe até agora.
Segundo a médica, é inquestionável que pessoas com diabetes, especialmente com hiperglicemia mal controlada, correm maior risco de desenvolver complicações quando apresentam infecções respiratórias bacterianas ou virais. Com a COVID-19 não é diferente.
“O diabetes tipo 2, o tipo mais comum de diabetes, está muito associado a uma inflamação crônica de baixo grau induzida pelo excesso de tecido adiposo visceral. Esse estado inflamatório e a hiperglicemia podem causar uma resposta imune anormal e ineficaz”, afirma a profissional.
Em geral, acredita-se que quanto mais problemas de saúde uma pessoa tem, maior é o risco de ficar gravemente enferma pela COVID-19. De acordo com Dra. Daniele, entre os fatores que devem ser considerados na avaliação do grau de risco de evolução da infecção provocada pelo novo coronavírus em pessoas com diabetes estão a duração da doença, o estado de controle metabólico, a presença de complicações do diabetes, como a doença renal, e de comorbidades, como hipertensão e obesidade, além de hábitos de vida, como o tabagismo e o sedentarismo.
Datena revela que tem diabetes grave
“Eu tenho diabetes grave. Grave não, é gravíssimo. Eu gasto perto de R$ 2 mil com esses negócio de insulina, aparelho de medir e tal porque eu tenho dinheiro. Senão eu já estava morto. Por que eu morro se eu não toma isso aí e a insulina tem que ser conservada dentro da geladeira porque tem prazo de validade”, disse.
“O governo até parou de distribuir insulina pra muita gente durante um tempo. A insulina deles, eles distribuem com uma seringa que é desse tamanho (faz gesto de grande com a mão) de agulha. Eu ainda tomo com a agulhinha pequenininha. Se eu ficar sem tomar insulina, eu morro. Se a insulina estragar, ela perde a validade, ela perde a condição dela. Aí já era”, afirmou Datena.
7 Principais Sintomas Iniciais da Diabetes:
1. Sede Excessiva e Boca Seca:
- Sensação constante de sede, mesmo após beber água.
- Boca seca e pegajosa, com dificuldade para falar e engolir.
2. Urinar Frequentemente:
- Aumento no volume e na frequência da micção, inclusive à noite.
- Necessidade urgente de urinar, com sensação de bexiga cheia.
3. Fome Extrema:
- Aumento do apetite, mesmo após comer uma refeição completa.
- Sensação de fome constante, com vontade de comer mais do que o normal.
4. Perda de Peso:
- Perda de peso inexplicada, mesmo sem mudar a dieta ou rotina de exercícios.
- Diminuição da massa muscular, com fraqueza e fadiga.
5. Fadiga Extrema:
- Cansaço excessivo, sem causa aparente, mesmo após descansar.
- Falta de energia para realizar atividades rotineiras.
6. Visão Embaçada:
- Dificuldade para focar a visão, com imagens turvas ou embaçadas.
- Sensibilidade à luz, com necessidade de usar óculos escuros.
7. Infecções Frequentes:
- Infecções de pele, urina, gengivas e outras partes do corpo.
- Cicatrização lenta de feridas e cortes.
É importante consultar um médico se você apresentar algum desses sintomas, para um diagnóstico e tratamento precoces.
Lembre-se:
- A diabetes é uma doença crônica que afeta a forma como o corpo utiliza a glicose (açúcar) como fonte de energia.
- O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações graves da diabetes.
Se você tiver dúvidas sobre a diabetes, consulte um médico ou outro profissional de saúde.